segunda-feira, 30 de maio de 2011

GODzilla


Impossível dizer que sou o mesmo cara. Houve um Tsunami
em minha vida. Os efeitos da onda gigante ainda estão aqui.
Importunando, atrapalhando a tendêcia da marola de se dissipar.
Esvanecer no ar. No etéreo. Os Ultramen e Ultraseven de plantão
estão em uma incessante peleja contra Godzilla. Destruiu o Japão.
Dizimou Tóquio. Paciência. Não dá para fingir. Não é um seriado
japonês dos anos setenta. Está acontecendo. Aconteceu comigo.
Além de destruir tal atróz e voraz monstro, planos para
a reconstrução já começam a figurar na pauta. Tóquio antes de
Godzilla era uma cidade fulgurante. Aluscinante. Chicago
foi arrasada por uma vaquinha piromaníaca. Ainda assim,
arquitetos arregaçaram as mangas e reconstruíram uma
bela cidade. Sou  a confluência de tudo. Sou cidade arrasada,
monstro e herói, bandido e mocinho, criador e criatura.
Não venci a doença (ainda!) para fazer a trágica contagem
de mortos e feridos. Tudo ao mesmo tempo. Trato a doença
fazendo quimioterapia, recolho escombros na fisioterapia,
começo progressos arqueológicos na terapia ocupacional.
A mente, mantenho quieta, a espinha ereta e o coração
tranquilo. Tóquio vai voltar a fazer parte do mapa.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tank


Um dia vou ter uma obra-prima assinada pelo Geraldinho...
http://www.gtargino.blogspot.com/
    

Chef Worth It


Filés. A Parmeggianna. A cavalo. Claro, ao molho Mostarda.
Dijon. Hmm. Filé do Morais. Acebolado. E do Sujinho?
Rimarei com algo diminuto, pequenininho? E o Strogonoff?
do Alemão? Tem que vir com Shnitzel. Páprica. Ou uma bela
salada. De entrada? Misturemos: com Dijon. Honey mustard,
Honey. Quitutes, acepipes. Bolinhos. De Bacalhau, de arroz,
de carne-seca. Escondidinho. Mas eu acho. Com Catupiry.
Harakiri. Sushi e sashimi. Atum, salmão e camarão. Unaguí.
Ovas. Vieiras, polvo e lula. Lagosta. Lagostas. O bom e velho
arroz com feijão. E farinha baiana. Carne-Seca. manteiga de
garrafa, baião de dois.Três, quatro. Acarajé, vatapá e mais
camarão. Já mencionei? Camarão, camarão, camarão.
Que vontade, que tesão. Rima barata? Deixei você salivando?
Batata. Assada, frita, ao murro. Eis que me empanturro.
E uma massa? Al Dente? Tex-Mex Caliente. Casquinha de Sirí.
É tanta delícia que menciono uma e a outra, já esqueci.
Mais um pouco? Pastrammi, Rosbife ou um básico Peito de Perú.
Queijos. Adoro. De Amsterdã ou até de Katmandú. Sem falar
de pizzas. Calabreza, Quatro queijos e Pommodoro. Palmito
ou até um ovo frito. Com pão. Mas não com pimentão. Perco
a rima e a refeição. A quimioterapia me deixa um gosto péssimo
na boca. Escrever sobre os prazeres da mesa não. Então
me despeço com uma palavra e seu perdão: Camarão...
      

Nice Toys



Tank

Simples Assim


Sempre me cerquei de poucos. Acho que é uma coisa minha, nunca
tive quinhentos amigos. Nunca fui atrás da camaradagem de um time
de futebol. Acho que é mais fácil administrar um, dois "amigos".
Vamos correr? Ok, seis e meia no Porquinho. Estaremos ali uns
dez minutos. Se você marca seis e meia, sete já fica meio abstrato,
não? General? Não sei mas se o amiguinho em questão pode dormir
mais meia hora porque não toda a nação? Um radical. Talvez fui
assim, mas no momento que saía da cama no domingo para dar
uma volta de motocicleta, estava deixando dois seres que eu amava
demais e tinha combinado algo para mais tarde. Suíço, não o relógio
que não uso. Honrar meus compromissos sempre foi sagrado.
Mas vendo agora em fotos, em blogs, envolto em saudosismo,
a estrada que não mais passa pelos meus pés, me parece menos
exigente do que eu. Não era a invasão da Normândia. Não era
para ser uma discussão acalorada sobre as fronteiras de Israel
pré-sessenta e sete. Me esqueci que era apenas uma volta de motos.
Senão melhores amigos, companheiros com um bem-comum.
Mea- culpa. Passo por este processo para sair do outro lado
do túnel um cara melhor. Perfeito nunca. Apenas melhor.
Estarei aposentado. Avisarei aos amigos, os queridos que
me esperem. Quando? Não sei, não uso relógio.
      

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quinta Nova


Não sou de rasgar seda. Nem sou um crítico musical para avaliar
esta banda. Coragem. Sobre isto tomo a liberdade de escrever.
Acho que neste assunto tenho algum aval. E é o que este pessoal
está fazendo: Tendo a coragem de seguir um sonho, uma vocação.
Não ser um hamster empresarial e ir atrás do que é prazeiroso.
E a Carol minha boa amiga tem no mínimo uma voz marcante.
Vida longa a Quinta Nova.
http://www.quintanova.com.br/
  

Faith Vol.67


A quantas anda sua fé? Com ela você move montanhas? Comunga
com D'us? Bate-papo com o lá de cima mesmo? Na verdade
esta resposta pouco me importa. Quer dizer, importa presumindo
que você torça por mim. Mas no frigir dos ovos, o que importa
é a minha fé. É o meu futuro, a minha doença. meu fardo.
Infelizmente é assim. Tem dias que sinto que se me apoiasse na fé
dos outros, nossa, já estaria zerado. Outros dias nem tanto.
Não vou elocubrar demais aqui. Foi só a constatação do "Ema, ema
ema. Cada um com seus pobrema". E se tem algo que é inerente
a minha pessoa, é enfrentar. Encarar meu problema de frente,
contar com minha fé, meus recursos e seguir labutando.
Hoje venci mais uma extenuante carga de quimioterapia.
E em quinze dias, voilá. Mais uma. Mais uma dose  de veneno.
E mais um tanto de esperança.
         

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Fisioterapia é para os Fracos II



Indian desnecessário Larry...
    

Fisioterapia é para os Fracos


Mais tarde esta vai doer.
      

5X200m Crawl


Meu corpo sempre foi minha fortaleza. Após a magrelice de moleque,
esculpi músculos que o objetivo não era impressionar as moçoilas,
mas outro propósito único: Funcinar assim que requeridos para
a tarefa que fosse. Certamente não correria mais rápido que
um leão. Mas correria mais que você. Definitivamente não nadaria
nem seria mais ágil que um tubarão. Mas de quem estivesse ao
meu lado.Um bom método para me safar, não?
Na natação criei como lema cedo:
Prefiro ser o pior da melhor raia do que o melhor da pior. E na
corrida idem. E qualqur exercício que evolvesse não o narcisismo,
mas a competência. Queria possuir uma máquina azeitadinha. Se
o helicóptero cair no mar no meio da noite, saia nadando. Né não,
Diniz? E sempre foi assim. Se tivesse meio fora de forma,
barrigudinho até, sei que subiria a trilha mais íngrime, nadaria
a maior distância que precisasse qualquer a hora que precissasse.
Qualquer minuto estou super-pronto: saltar um muro, correr, nadar,
escalar, qualquer coisa. E nem era um presidiário querendo fugir
de Alcatraz. Mas não deixaria o Clint Eastwood contar vantagem.
Agora não tenho mais isto. Equilíbrio. Não tenho o equilíbrio
necessário para ir até o banheiro. Mas se pensar, há pouco não
tinha o equilíbrio mas também não tinha a força nem para levantar
do sofá. Tendo isto em mente, ainda sinto o lema:
o pior da melhor raia.

     

terça-feira, 24 de maio de 2011

Despite All My Rage


Am I still a rat in a cage?
http://www.lordofmotors.com/
    

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Financial Times


Não sei se é a cidade grande, ou se é a quantidade de coisas,
produtos ou como somos compilados a olhar só e somente para
nossos umbigos. A realidade é que por algum motivo destes,
por todos eles ou algum outro que a minha vã filosofia desconhece,
o fato é que nos tornamos nisto. Fúteis. Vazios. Descartáveis.
O bronzeado nos braços definidos, o decote que insinua os peitos
bem delineados em uma boa academia, por um personnal trainer
ou um fantástico cirurgião plástico. A calça jeans de quatro dígitos,
o relógio que poderia pagar o sustento de uma família na Namíbia,
o automóvel do ano que ainda nem chegou, o que quer que seja para
mesurar o quão legal, bacana ou bem sucedido você é.
Não, não é o Fidel Castro conclamando uma sociedade equalitária.
Não tenho raiva dos porcos capitalistas. Viva o Mickey Mouse.
Fui para a Disney algumas vezes e D'us queira que eu repita as doses.
Tenho calças Diesel compradas em uma Sale em Amsterdam, não
sou um comuna devorador de criancinhas. O perigo, é esquecer
do resto. Pensar só em sua carreira, mas e seus amigos? Você acha
que seus pais vão durar para sempre? Que para eles a blindagem
do seu carro é mais valiosa que aquela lazanha de domigão?
Não é demagogia, mais do que ninguém quero o bronzeado,
meus braços definidos, minhas calças com caimento perfeito e
a segurança para singrar por aí à bordo de minha Harley-Davidson.
Mas não vou nem devo esquecer que os amigos não me querem
ver pelo carro que eu tinha, tenho ou possa vir a ter.
Meus sobrinhos não estão interessados no meu relógio.
E definitivamente as amigas não vem aqui atrás de um decote
que insinua peitos bem delineados. Ontem veio bem de longe
um amigo de infância do meu irmão, onze anos mais velho.
Ele que me conhece de molequinho veio aqui medir, esmiuçar,
xeretar não meus assets financeiros, mas meu progresso perante
esta terrível doença. Parece que saiu daqui bem satisfeito.
E antes que eu acabe este texto, minha cuidadora falou que mês
que vem é o aniversário do filho dela. Ela quer fazer algo diferente.
Ir ao cinema com o moleque. Ana minha querida, que também só
me quer bem, esse ano a telona e a pipoca é por minha conta.
          

sexta-feira, 20 de maio de 2011

E Não Se Esqueça


If I could, I would.
             

Arf Arf


Have a nice weekend.
                                                  

Los Deditos


Polegares, polegares,
Onde estão? Aqui estão
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão...
Okay, sem meias palavras, nem dedinhos. Escreverei de uma forma
agressiva, mas tem que ser assim: Eu estou na merda. Você não.
Indicadores, indicadores,
Onde estão? Aqui estão
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão...
Não precisa do "você é um guerreiro", "o gladiador", "o vencedor".
Momentaneamente estou assim. Não escolhi. Não pedi.
E certamente luto para sair dela. Uma melhor situação está me
esperando ali na esquina. É tempo. Quando vou chegar nesta esquina.
Dedos médios, dedos médios,
Onde estão? Aqui estão
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão...
Mas e quando não estive? E quando eu estava rodando o mundo,
em motos, conversíveis, correndo, mergulhando no Mar Vermelho,
no Caribe, curtindo, fazendo muito por pouco em tão pouco?
Anelares, anelares,
Onde estão? Aqui estão
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão...
E quando você esteve na merda? Porque o mundo dá voltas. A única
certeza que posso lhe dar é que certeza não existe. Só a morte.
Quando você esteve enfrentando um momento difícil e eu não fui,
é porque só pensava em mim. Nunca por ficar sem jeito, triste pelo
momento ou porque tinha cá meus planos.
Dedos mínimos, dedos mínimos,
Onde estão? Aqui estão
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão...
Não fique com dedos. A vida é sua, os planos são seus. Não fique
achando que por não estar fazendo os meus, vou ficar triste com
você ou seus. Estou triste por não fazer meus planos e pronto.
Você não tem nada a ver. Faça suas coisas, toque seus projetos,
realize seus planos da maneira mais comprometida o possível.
Mergulhe de cabeça, com vontade mesmo e muito prazer.
Torço por vocês, como vocês torcem por mim.
Todos os dedos, todos os dedos,
Onde estão? Aqui estão
Eles se saúdam, eles se saúdam
E se vão, e se vão...
          

quinta-feira, 19 de maio de 2011

The Who


QUEM ERA VOCÊ?
Por mais que nunca gostei das luzes da ribalta, desde cedo me
mostrei diferente. Com algo cada dia mais difícil de manter:
Personalidade. Lembro lá na sinagoga, na frente de todo mundo,
eu, jeans e meu moleton branco, novo, lindo. O Eddie, a caveira
do Iron Maiden com uma machadinha pingando sangue. Pô, estou
falando da clássica capa "The Killers". Mas assim era eu,
o primeiro a ter e perder os mullets capilares, brinco, tattoo.
Sempre quis e quando pude fui o independente, dono, não de
prestações, do nariz inteiro. E claro, dos atos que napa e o resto
fariam. Nunca , já falei, invejei ninguém, roubei, nunca, nunca
passei por cima de ninguém, usei ou prejudiquei alguém. Escrevi
nunca? Acho que sim. Fui isso sim, um egoísta. Este é um fardo
que carregarei e sei o peso. Descartei emoções e situações em único
benefício próprio. Disposto a receber demonstrações emotivas.
Mas sempre as neguei. Não queria ter que devolver.

QUEM É VOCÊ?
Uma hora você tem tempo, mas falta-lhe o dinheiro de tocar seus
projetos, viajar, enfim. Depois você tem o dinheiro sem um pingo
de tempo. E agora que tenho o tempo e o dinhero, falta-me
a saúde. Poderia dizer que aprendi a lição? Infelizmente não
é assim. Aprendi muito, impossível em momentos como este não
olhar para dentro. Mas lição? Então a prova final é a luta pela
vida, pela melhora, sendo que aprender algo, não significa nada
neste processo? Sempre achei que aprendizado é para você
mesmo. Sempre achei que em livros ou na vida você sempre
pode aprender algo. Aprendi sim e divido com vocês porque é
isto que aprendi. A dar. E ficar feliz se algo me for dado de volta.
E se não for, happy também. Lógico que não vou dar murro em
pontas de faca, quem não quer algo, não quer e boas. Mas se você
está aqui então já fico feliz, estou dando lições que aprendi e passo
adiante. Sem provas finais, sem graduação. Pelo menos para você
não. Eu só de acordar estou em uma permanente prova final
e saber a matéria, infelizmente pode me dar um tremendo bem-estar
sentimental, mas não garante minha melhora contra a doença.
Esta, só o professor lá de cima vai me dar algum tipo de estrelinhas.

QUEM VOCÊ SERÁ?
     

Simplesmente Simples



           

quarta-feira, 18 de maio de 2011

El The Hospital


Ouvi ontem que o Japão não mais vai participar da Copa
das Américas. Não gosto de futebol, mas meus parcos
conhecimentos de geografia me trazem a leve suspeita de que
o Japão não está nas Américas. Tem algum lugar que você foi
não se identificou mas teve de voltar? Quando era moleque
lembro que fui para Águas de Lindóia. Era para ficar uns dez 
dias mas no terceiro ou quarto surtei. Estava com um tio e primo,
eles me colocaram em um ônibus e cá voltei. Nunca mais fui,
a não ser um ou outro encontro de carros antigos. Bate e volta.
Fui a hospitais quando era moleque fazer inalação e nunca mais
voltei. Um hiato de uns vinte e cinco anos me separam deste meu
novo momento. Não queria voltar, mas continuo a frequentar.
Desta vez não é como Lindóia, não tem a opção de ir embora.
Após uma internação de um semana, outra de quase mês e outras
tantas idas e vindas, passei mais uns dias internado. Quatro dias
sonhando com meu sofá, meu dog, minha cama, meu tudo.
Mas sempre volto mais paciente e humilde. Só que desta vez para
não soar piegas, faço uso do meu excelente portunhol neste
tragi-cômico conto mexicano: VOLVI AO THE HOSPITAL.
Enquanto hassia una Endos-Cópia, mi hermano Arnaldo Octávio
rá tenia caminado mil vueltas en el corredor. Mucho angustiado
hablava ao teléphono. El amor incondicional. Habló con una
mujer que despues conheci. Cinquenta e pocos años, con câncer
nos petchos, no tenia mais ellos mas tenia un sorisso rigante.
É coredora e tenés una catchora de mesma marca de Topecq.
Una verdadera liçón de vida, no cansei de ouvir e bamos nos
rever, é certo. Recebi una ligación de Carol que mora cerca e su
pero boxer Freddy és amigo de Topecq. Me disse que hacia más
de semana que no escrebia en el blog que ella goesta mutcho e és
onde ella sabe de como estoy. E amigos que también ligaram.
Mi hermano Serchinho de Canada que iamava todas notches
ao teléphono. E mi tio iamando de Miami. E el alto astral de
la enfermera Cristina que mirando meu braso todo dibujado me
mostro su tattoo: Una question mark en su ombro. Yo también
tengo uma destas. Del constructor de motos Indian Larry
que dissia que la vida és una eterna interrogacion.
Como se jo no soubesse... Bueno, estas pequenas cossitas que
se non deirran my vida mejor, deiran más verdadera e sincera.
E como no bebo nein cervessa, nem tequila,
un brinde con Cueca- Cuela.
     

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dívida


Conhecia o Allan?  Tinha um bar. Tinha uma Harley. Um bar feito
por um motociclista para motociclistas. Mas isto nem importa.
Poderia ser uma casa de chás feita por um amante do Heavy Metal
para velhinhas adoradoras de uma velha e boa polka.
O que importa é que em um belo dia, Allan saiu de seu bar, foi
pegar seu carro e alguém simplesmente também queria seu carro.
Resultado? Nem preciso dizer que ele não tentou e nem pretendia
se defender. Um tirombaço no pescoço e um ano de sua morte.
Você faz seus planos e Deus faz outros.
Eu estou lutando pela minha vida com unhas e dentes adormecidos
pela quimioterapia. Não sei o que será de mim ou da doença.
Nem sei se poderei dar uma nova volta de moto ou dançar
uma polka. Você faz seus planos e Deus faz outros.
E você aí, reclamando da fechada que tomou no trânsito.
Do vizinho mala ou do seu chefe que só te prejudica.
Entendeu onde quero chegar? Não estou falando em abraçar
coqueiros. Estou falado em prestar atenção a seu redor, em
privilegiar o que vale a pena, em não se estressar com picunhas,
em dar passagem no trânsito, em ser mais calmo e mais paciente,
em saborear as pequenas conquistas, em cultivar amizades,
em fazer o bem. Mas peraí justo eu que era nervosinho,
e não fazia nada disto falando estas coisas. Demagogia?
Papo-furado? Não, reavaliação de valores. Perceber onde, quando
e com quem gastar sua energia. E até é legal. Tentar ser bom
e não pedir ou querer nada em troca. Espero que agora você
compreendeu. Aprecie a sua vida. Você deve isto ao Allan.
Você deve isto a mim. Mais importante, você deve isto a você.
     

terça-feira, 10 de maio de 2011

Tees


Mais Uma,,,


Do blog Kultura Kustom Brasil,
http://kulturakustombrasil.blogspot.com/:
Ol'Jones - Lição de vida. Acompanhem seu blog
e mudem sua forma de ver a vida!

Obrigado Luciano,

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Rock? in Rio


Tungado do Oldcycle que por sua vez afanou
do Diáriodemotocicleta. Pelo menos fui no primeiro
e tenho definitivamente ouvido o verdadeiro Rock.
    

domingo, 8 de maio de 2011

Uma homenagem


Do blog do camarada Ibiraman:

Mais um churrasco na Top Hat, que nada mais é o encontro de
pessoas com mesmos interesses bom papo, amizade, motocicletas,
com destaque neste é claro o aniversário do Teydi, mas os aficionados
por carne e cerveja que me desculpe mas o mais legal do encontro
foi a presença do Claudio "OLD JONES" muito bom de ver ele
compartilhando junto com os amigos e o melhor melhorando a cada
dia, é preciso muita força, e é claro que desejamos e torcemos
por ele a cada instante, sua recuperação e ficar bom, que
com certeza vai acontecer...veja algumas fotinhos que tirei...

www.shithappensbmx.blogspot.com
    

Lê aí, amizade


A máscara caiu. A casa caiu. Tudo caiu. Mais hora menos hora,
sabia que isto iria acontecer. Aconteceu. Acho que minha
criatividade caiu. Ultimamente estou sem idéias para textos.
Aí lembrei que estes textos começaram como relatos e aqui estou
eu novamente: Para relatar. Sim, já sei, o tema é recorrente mas
a minha percepção ocular está mais aguçada. A amizade é uma
via de duas mãos. Ambos os lados tem que se interessar, procurar,
batalhar, se doar. E antes que você comece a pensar que
escreverei sobre os pseudo-amigos que gostam de filar comida
e bebida grátis, errou. Desta vez vou escrever sobre o outro lado
da moeda, a via que não estava fazendo sua parte: Sim, eu mesmo.
No papel de dodói, achava que os verdadeiros amigos tinham
de vir aqui. E eles vieram. E quando pediram reciprocidade, furei.
Por não estar normal, porém umas vinte vezes melhor do que
hà seis meses, por estar muito inchado graças a muita Cortizona,
andando com dificuldades e sem equilibrio, não fui a vários eventos.
Tímido e inseguro, estava sacrificando a amizade por comodismo,
pela auto-pecha de coitadinho, por esquecer do amor que tantas
vezes escrevi à respeito. Ontem teve churrasco. Era aniversário
do Teydi. Engoli a comodidade, a timidez, a insegurança e fui.
E me arrependi. Me arrependi de não ter ido antes. A felicidade
de todos ao me ver foi contagiante: Do aniversariante e gente
boníssima Teydi. Da corajosa e paciente Léa, que aguenta
o Teidy. Do bonzinho perigoso e coração gigante Bucci.
Da maluca que casou com o Bucci, Érica, agora espetacularmente
grávida. Do divertidíssimo e maluquíssimo Carniça. Do figura
adorador do Rat Fink, Ibiraman. Do muito bacana Bob, que fala
pouco e transmite muito. Do corredor maluco e italiano Francesco,
que sofre na pele magrela um tratamento avassalador como o meu.
E do Gady, amigo de moleque e que estando aqui, teve a ingrata
missão de me levar e trazer de uma festa onde ele não conhecia
ninguém. Obrigado à todos. Graças a vocês lembrei o significado
de amizade. Bilateral. A tal via de duas mãos.

Eu e Cortizona, Teydi e Gady.
     

sexta-feira, 6 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hate


Lembro direitinho que já tinha ido várias vezes a Nova York,
mas não em pontos turísticos. Fui no Zoo do Central Park,
na Harley-Davidson no Brooklyn, em uma igreja gospel no Bronx,
no boardwalk de Staten Island, no Guggenheim do SoHo, no
porta-aviões Intrepid, a beira do Hudson. Até em uma filmagem
do Woody Allen entrei por acidente. No meio do caminho,
matei a fome com os sanduíches de pastrami do Kat'z ou do
Carnegie Deli, o melhor hot-dog do mundo no Gray's Papaya
ou um belo hamburger acompanhado de várias cervejas no
P.J. Clarke's. Umas ostras no Oyster Bar da Central Station
também iam bem. Uma bela vez após participar de um processo
de criação para um cliente mundial na ilha de Bermudas
(sim, o mundo da propaganda era mais divertido), oito dias
trabalhando em uma praia paradisíaca, em um hotel seis estrelas,
mergulhando e sorvendo inúmeras piñas coladas (sim, o mundo
da propaganda era BEM mais divertido), fui para Nova York.
Desta vez com um nova-iorquino da gema. Um colega que fiz
em tal "trabalho". Em um dia ensolarado, ele insistiu e acabamos
indo em um ponto turístico. A não ser museus, sightseeing não me
atraía muito. Mas ele estava animado com um comercial que tinha
recém filmado ali e fomos. Para cima, para baixo, para lá e para cá,
heliponto e outros locais não permitidos para seres humanos
comuns. Ficamos até a hora do almoço no lugar.
World Trade Center. Este era o tal ponto turístico. Quando? 
Nove e pouco da manhã, nos primeiros dias de setembro. Ano? 
Sim, dois mil e um. Quem? Uma doença. Ódio. Um câncer 
que no dia onze de setembro de dois mil e um assassinou mais 
de duas mil e setescentas pessoas. Escapei por questão de dias. 
Demorou dez anos para trucidar este embaixador do ódio. 
Dez anos para matar este câncer. O meu ainda não mataram. 
Mas não vai demorar tanto.
    

Precoce



Divulgadas as fotos do little boy Dan Jr. Ele pretende
bater o recorde de velocidade de veículos não voadores.
Este ano em Bonneville. Good luck, little Dan...
    

segunda-feira, 2 de maio de 2011

OBAMA I x 0 OSAMA


Nem no inferno esse fdp do Osama vai ser aceito.
Well done, Obama.
     

domingo, 1 de maio de 2011

True Love


Finalmente ela me escreveu. Achei que deveria compartilhar:

Claudinho,
Desculpa escrever assim. Muito tempo pensei se deveria ou não,
se você se assustaria ou entenderia. Por gostar tanto de você e pelas
constantes demonstrações de amor e devoção que você tanto me
deu, resolvi redigir esta singela mensagem. Antes de mais nada,
sempre que posso leio seu blog. Gosto muito das fotos, e seus textos
realmente estão cada vez melhores. Claudinho, você está fazendo
muita falta, você está ME fazendo muita falta. Eu te amo muito.
Sei que você estranhou de ler isto. Sei também que nem eu nem
minhas irmãs temos estes rompantes emotivos. É da nossa criação.
Mas assim como você, eu também estou mais sentimental, menos
racional. Sinto muita falta de nossos passeios, de pegar uma estrada
com você. Sinto muita falta de nós dois juntos, se tornando um só,
em total comunhão. Não querendo me achar, nem preciso disto,
sei que você era apaixonado por mim desde criancinha. Lembro
de quando a gente se conheceu como se fosse hoje. No instante
que bati os olhos em você, soube que fomos feitos um para o outro.
Você também não pestanejou. "É ela", excitadíssimo, pensou
e afirmou aos seus botões. Nossa belíssima história de amor durou
poucos e intensos quatro anos até você ser acometido por esta
terrível doença. Ambos sabemos que o futuro só D'us sabe mas
o tempo que levar, estarei lhe esperando. Sei que você teve outras,
não me importo. Mas um sonho desde criança? Só eu. Até plásticas
por você eu fiz. Lembro quando você pintou minhas rodas
de vemelho, trocou o guidão e repintou meu corpo.
Extreme Make-Over total. Agora como você bem sabe, estou com
seu amigo Itamar. Ele me trata super bem, sempre dá uma volta
comigo. Mas não é a mesma coisa que com você. Ele gosta
daquelas alemãs cheias de tecnologia e vazias de charme.
Me chamou até de geringonça barulhenta. Mas foi de forma
carinhosa. E daí que eu ronco um pouquinho? Ou sou mais
durinha?  Quer moleza, senta na gelatina alemã. Hahahaha.
Você Claudinho, gosta e pronto. Isto é o que me importa.
E a gente vai ficar juntos de novo, afinal; eu fui feita para você
e você para mim. Então lembre-se: Eu te amo muito, muito.

Beijos e saudades
Sua Harley-Davidson