segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Defendendo-me


Escrever, escancarar minha vida, agruras, para quê?
Talvez para receber e-mails como este: 

Fala meu, tabalhei com você na Grey. Kiwi, Luiz, etc,
lembra? Então meu velho, estou acompanhando seu blog
e toda a vez que eu leio um texto, dou mais valor a tudo
que tenho, meus filhos, e já tenho dois, o João e o Lucca,
minha família, meus erros, acertos e tudo mais, cara você
não tem idéia de como seus textos nos colocam no chão,
no bom sentido, caralho!!! Tomo uma surra por texto, e
mesmo assim, continuo lendo pra aprender que a gente
pode desistir, sem ter porque desistir, ou lutar
independente do fardo que temos que carregar. Neste
tempo que não te vi mais, conheci o jiu-jitsu e hoje,
mais precisamente no dia 2 de Dezembro, vou receber
minha faixa preta. Para mim, que comecei tarde, foi duro,
suado, difícil e muitas vezes pensei em desistir, parar,
jogar a toalha, mas aprendi na raça, que todo
estrangulamento tem uma saída, nenhuma posição encaixa
se você não permitir, e só bate três vezes no chão, quem
desiste. Meu chapa, sei que fomos apenas colegas de
trabalho, mas eu não poderia homenagear outro guerreiro
a não ser você neste dia, tenha a certeza que no dia 2 de
dezembro, quando estiver lutando por, e recebendo
minha blak-belt, vou colocá-la na minha cintura pensando
em você, o lutador mais Casca-Grossa que eu conheci,
UM GIGANTE, um verdadeiro faixa preta.
Grande abraço com toda minha admiração,

Luiz Kiwi Mazucatto

OSSSSSSSSSSSSSS 
      

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mágica


O silêncio era sepulcral. Todos esperavam avidamente
pelo grand-finale. O gelo seco rasteiro ajudava no
clima místico. Após ser vendado, amordaçado e
acorrentado por mais de vinte metros de grossas
correntes, sete cadeados intransponíveis, nosso
intrépido ilusionista, nossa esperança quimérica
foi sedada e encalacrada em um diminuto baú.
O baú foi cuidadosamente colocado em um tanque
de águas infectas por piranhas famintas por suas fiéis
e inebriantes escudeiras e um tecido foi içado,
escondendo toda a ação. Em poucos minutos de alta
expectativa, o pano foi solto e revelou um baú
escancarado e correntes arrebentadas. As piranhas
estavam assando em uma churrasqueira. Nem sinal
de nosso ilusionista. E eis que do fundo da platéia,
ele surge seco e intacto, correndo em direção
ao palco, ovacionado por uma incrédula massa
humana. Isto sim, que ilusão. Mas foi isto que ele
nos proporcionou. O enganador de sentidos fez
apenas isto. Nos enganou. Nos iludiu. Mágico
mesmo é quando seus amigos de mais de trinta
anos de convívio passam uma aprazível tarde
de sábado com você somente batendo papo.
Sem  truques. David Coperfield, cuide-se.
     

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Texto


Ainda vou escrevê-lo. Este vai ser o definitivo.
O texto. Tão bom, mas tão bom que os outros se tornarão
desnecessários, fúteis, inúteis. Este texto vai acabar com
todos outros. O blog de um texto só. Mas você vai se sentir
saciado. Extasiado. Outros para quê? Prêmios para quê?
Desnecessário o reconhecimento do meu próximo.
Sei o que fiz. O que alcancei. Me aposento da palavra.
Escrever? Falar? Já disse tudo. Agora vou plantar bromélias
em Brasilândia. Sempre com um sorriso de satisfação
incrustrado na face. Poderia ir para um convento também.
Voto do silêncio. Posso fazer isto. Posso e devo, eu sou
o ser humano que escreveu "O Texto". Não tenho que fazer
mais nada além de agradecer com um leve aceno de cabeça.
Este dia vai chegar. O nirvana. O arauto literário irá deixar
seu legado em forma de palavras meticulosanente escolhidas
com o único intuito de arrepiar-lhe. Enquanto este dia
não vem, vou escrevendo estes mesmo. Não dá para pensar
apenas no melhor. Mais vale mais ou menos agora,
do que exatamente nunca.
     

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ose



Osteoporose, esclerose, arterioesclerose, artrose,
verminose, mononucleose, sirrose, necrose, fimose,
escoliose, verminose, fibrose, micose, osmose.
Fui fazer mais um exame. Rotina.
Examinose de rotinose. E nele apareceu
que tive uma trombose. Sei lá o que é isso,
a máquina era bem azeitada. De repente começou
a apresentar problemas. Problemoses.
Mais um? Venha. Tiro de letra. Letrose.
       

Rock'n'Roll

Não fui no Rihanna in Rio. Ainda bem. Mas queria
ter ido no Lynyrd Skynyrd em Paulínea e não fui.
Você está cansado de saber o porquê. Mas fui em
2008 em um encontro de motos perto de Jacksonville
e vi esses representantes do southern rock que 
também adoro: Blackfoot. Without my umbrella, ella.








           

domingo, 13 de novembro de 2011

Resistência


Domingo a tarde. Não gosto do Faustão e não tenho
nada para fazer. Do jeito que estou não posso ir dar
uma volta de moto ou me embriagar e papear em
um bar com os amigos. Então minha mente dá
uma volta de balão e papeio com os amigos aqui
em casa mesmo. Nos embriagamos com água e café.
Mas agora estou só e continuo sem gostar do
programa do Faustão. Sentado em meu habitual lugar,
expremido pelo Topek que não se contenta em ocupar
dois terços do sofá, somado ao estado que me encontro,
solto um suspiro gigantesco. Na língua dos suspiros,
poderia-se traduzir tal suspiro como "Ai meu D'us".
Imaginando na mosca o que se passa, ouço de minha
cuidadora a simples mas poderosa frase:
"Agüenta, vai passar". E eu? Agüento. Vai passar?
         

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vitória


Definitivamente bato muito na mesma tecla.
E não é por causa da minha mão avariada, mas
por puro conhecimento de causa. Este ano e tanto,
beirando quase dois de doença me deu tarimba
necessária para falar do assunto. Como levei a vida
antes também. Nunca desperdicei uma chance,
sempre vivi o máximo. Mas não dava muito valor
a ela. Nunca fui de cantarolar com os passarinhos
ou abraçar árvores, mas simplesmente não via a vida
como uma dádiva. Até me deparar com uma doença
em que a previsão para usufruir era de três a quatro
meses. Dizem que você dá mais valor a uma coisa
quando a perde. E não estou falando de um
relacionamento ou de um bem material. Estou falando
da vida. Eis que os quatro meses viraram oito que viraram
dezesseis. Por mais que pensar só na metade do copo
vazia seja atraente, pensar só em como estou, minha
dependência física, a falta de andar plenamente, a falta
de equilíbrio, da tão importante para mim privacidade,
até da minha Harley, mais importante é ver a metade
do copo cheia. É pensar que por mais que tenha uma
dependência física, tenho uma total independência mental.
É pensar que nestes dezesseis meses tive o contato
dos irmãos, da família, dos amigos. Fiquei com o Topek,
comi peixe à hungara, ri e fiz rir, vi pela TV o show do
Rei Roberto em Jerusalém, lembrei do show que assisti
ao vivo do Eric Clapton também em Jerusalém, é pensar
que estou vivendo. É pensar que estes dezesseis meses
se tornem trinta e dois, sessenta e quatro, cento e vinte
e oito e etcetera, etcetera e etcetera.
            

Lacoste


          

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Quote


"Se um dia você tiver que escolher entre o mundo e o amor, 
lembre-se: Se escolher o mundo ficará sem amor, mas se
você escolher o amor, com ele conquistará o mundo".
                                                                      Albert Eistein
       

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pobrema


Uma das coisas que aprendi nas minhas andanças por aí:
Ema, ema, ema, cada um com seus problema. E é isto aí.
Para o seu vizinho, o som do carro dele que está pulando
é mais grave que sua doença grave. Não tem doença grave?
Para um conhecido, a falta de perspectivas no emprego
é mais grave que minha doença grave. O meu problema,
o seu problema, todos são do mesmo tamanho, todos
podem tomar as mesmas proporções. Tem gente que tira
a própria vida por causa de alguns mil reais. Gente que
mata por alguns mil reais. Quem tem problema maior,
eu com minha doença grave ou você com a falta de um
apartamento maior? Todos problemas podem ter o mesmo
tamanho, o mesmo peso e intensidade dependendo
do quanto você põe de energia nele. Eu acho uma grande
besteira e perda de tempo se achar o desafortunado porque
o vidro elétrico do seu carro pifou. Uma completa falta
de senso sofrer por um punhado de dinheiro. Sua vida
financeira pode ser uma montanha russa. Resolva um
problema sabendo que o próximo está te esperando
na esquina. E posso te dizer que esta doença grave
me deu tarimba para saber o tamanho do esforço.
Os problemas podem ter a mesma dimensão, cabe
a você encará-los com maior ou menor intensidade.
Valeu a dica? Não? Ema, ema, ema.
       

quarta-feira, 2 de novembro de 2011