quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Maior Abandonado


Feche as livrarias. Ignore as bancas de jornal. Boicote
os gratuitos jornais de esquina. Esqueça a Internet.
Nada mais que possa ser escrito importa. Nada.
Nem aquele último livro do seu escritor preferido.
Não gosta de ler? Nem se preocupe em começar.
Nada do que eu escrevo vale a pena. Que pena. Ilusão minha
me comparar ao seu escritor preferido. Ilusão minha achar
que você me lê. Ilusão minha achar que alguém me lê.
Sim, estou com minha baixo-estima baixa. E nem é porque
estou dodói, inchado ou fazendo uso de uma cadeira de rodas
para locomoção. Ou pela falta de equilíbrio. Ando pior que
o bêbado mais bêbado e sequer tomei um chopp. Ah que
saudade, nem um só. Nem é a presença constante da minha
querida cuidadora Ana que procura evitar impossíveis tombos
de se tornarem possíveis. Minha baixo-estima baixa é
por causa destas singelas linhas. Nem por causa delas, mas
por causa da minhas singelas linhas no geral. Por causa do
blog. Do Old Jones. Prazer, pode me chamar de Claudio.
Claudinho? Ok. Entre e fique à vontade. O blog começou
com a coisa que mais gostava na vida: Harleys-Davidson.
Conforme a doença ia mostrando seus pegajosos tentáculos,
o blog foi mudando para o que realmente mais gosto na vida:
a vida. Escrever para mim se tornou uma super válvula de
escape. Mas como ainda pertenço a raça humana, sou
vaidoso. E descobri que gosto de ser lido. Mas não tenho
como saber quantos me lêem. O seguidor de ontem pode
ter desviado no meio do caminho e o de hoje, pode ser
tímido e prefere se abster. Mas faz diferença. Deixa-me
feliz. Não estou só nesta batalha. Escrevendo, opinando,
marcando presença você participa comigo nesta caminhada.
Nesta ode à vida preciso de você. O caminho é tortuoso,
mas me ajude. Comente. Não me abandone.
          

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

R.I.P. Francesco


O amigo Francesco sucumbiu na luta contra o câncer.
Cada um envolvido em sua própria guerra, não conversamos
o quanto deveríamos nesses últimos tempos. Italiano bonachão
e divertido, já deve estar descontraindo o ambiente lá em cima...
           

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

UAU!


A sabedoria é univeral.
      

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

UAU!

           

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Los Hermanitos



Clichê dos clichês: Nada de bom passava na televisão. Não fui
planejado. Oito anos depois do meu irmão do meio eu apareci.
Onze anos separavam o temporão aqui do meu irmão mais velho.
Mas ao contrário do Arnaldo, o tal do meio, não fui objeto de
barganha. Sérgio, o tal mais velho tentou trocar meu querido irmão
apenas 3 anos mais novo que ele por um trem. Mas até dá para
entender: O tal trem assobiava várias melodias. Ao contrário
do desafinado Arnaldo. Talvez e provavelmente pelo lapso
temporal, o temporão que vos fala foi mimado. Admito.
Mas assim como os tais irmãos, aprendi direitinho o que é ser
sangue do mesmo sangue. Aprendi a ser amigo, a ser brother.
Aprendi que um irmão desafinado é bem mais bacana que um
trenzinho. Pela diferença de idade, eles me ajudaram bastante.
Abriram caminho e asfaltaram as pistas. Assim, nada era
perigoso demais, inconsequente demais ou maluco demais.
Aos treze: "Mãe, vou no show do Kiss, de ônibus".
Aos dezenove: "Mãe, vou ser voluntário no kibutz em Israel,
trabalhar e mergulhar um tempo no Egito, depois devo pegar
um navio para Europa, dormindo no deck é claro, viajar por
lá e por último, devo ficar uns quatro meses lavando panelas
ou algo parecido em Londres". Só nisto eu não pude seguir
os passos do mais velho Sérgio: Ele foi impedido de entrar
em terras britânicas. Sua aparência em geral e barba em
particular assustaram os súditos da rainha. O Arnaldo
também foi passar um ano fora. Mergulhamos com tubarão.
Fomos algumas vezes mergulhar no Caribe. Viajamos
e ficamos uma semana à bordo de um barco, em Abrolhos.
E com o Sérgio, atravessei o Canadá. Sua família, ele e eu
em uma Kombi com camas e cozinha. Enfim, graças a eles
pude fazer tudo. Me ensinaram a aproveitar todas as
oportunidades. E aproveitei. Brigamos, é lógico. Fui
adolescente e chato. Mas aprendi cedo o que é ser do
mesmo sangue. O que é tomar um tiro por alguém.
E nesta minha hora difícil, eles tem tomado uma saraivada
de balas com o meu nome na ponta. Desnecessário
escrever sobre tais petardos. Desnecessário dizer o quanto
mais próximos estamos. Aí vejo e fico sabendo de brigas
entre irmãos e fico chocado. Esqueça o sangue, dane-se
os laços. Viva a ganância, o poder, a grana. Irmãos que
se odeiam, brigam, se matam. Quse sempre o motivo é o
mesmo: dim-dim. Não tenho dúvida que se tivesse uma
vacina com minha cura, custasse o que custasse, meus
irmãos iam fazer qustão de dividir. Tem irmão? irmãos?
São seu sangue,  tome conta. Lutem juntos. Como papai
e mamãe diriam: "sem brigas, meninos, sem brigas".
          

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Harley-Davidson Advertising


De já vi, mas está aqui.
             

sábado, 11 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Coronel Steve Austin


O Homem de 6 Milhões de Dólares.
        

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Limonada


Blá, blá,blá. Já escrevi algo parecido mas não lembro
de obrigar ninguém a ler nada. Não tenho arma e não
apontei nenhuma para a cabeça dos leitores. Aliás, nem
sei quantos leitores tenho. Sei quantos escritores sou
e sei que como escritor-leitor, me beneficio com estas
frequentes escarradas literárias. Alivia minha raiva
pacífica de estar onde estou, como estou, pelo tempo
que estou. Além do que, minhas opções do que fazer
são um tanto limitadas. Não consigo jogar basquete
contra os Harlem Globetrotters ou dançar a polka
com o Terceiro Regimento Naval da Polônia.
Também não quero. Ou seja, continuo não fazendo
o que não quero. Nada mudou? Aparentemente.
Mas mudou sim, algo radical. Não faço o que quero.
Não posso ter planos a não ser que lutar pela vida
seja um plano. Para mim, é o maior de todos.
Mas mudar de emprego, pedir um aumento, imagina.
Finalmente levar um relacionamento a sério,
tomar jeito e casar, haha, sonho meu. Viajar? Correr?
Dar um rolê de moto? Brincar com o Topek? Pfffffff.
Quer saber? O tempo passa, estou mais resignado
e quero continuar a viver. Não vou poder fazer coisas?
Foda-se. Vou ter que ter ajuda constante? Foda-se.
Vou ter que usar uma cadeira de rodas? Foda-se.
Um sofá de rodas? Foda-se. Foda-se e foda-se. Não
é revolta, poderia tentar achar um culpado, ficar puto,
brigar com Deus. Nada adianta. Ou melhor, nada disto
adianta. Não me arrependo de nada, já fiz bastante coisas,
e se agora os limões são estes, vou tentar fazer a melhor
limonada que puder. Está azeda? Estou docinho?
      

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Níver



O verdadeiro responsável por este blog e textos fez aniversário. 
Topek, 7 anos. Parabéns amiguinho.
          

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

W.C.


Dá até vontade de lavar as mãos, né mijão?
      

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Beep-Beep-Fom-Fom


Tenho um amigo chamado Rodrigo. Inédito. Não o fato de eu
ter um amigo. Ou ele se chamar Rodrigo. O fato dele ter ganho
é inédito. Quantos caras você conhece que ganharam algo em
um sorteio? Uma máquina fotográfica? Um jogo de toalhas?
Uma viagem? Um carro? O Rodrigão ganhou um carro.
O Rodrigão ganhou um carrão. Mas ele não ficou um Kia
Soul Flex mais rico. Vendeu o carro. Mas não guardou a grana
no banco. Achou que era hora. Com o dinheiro da carroceria
foi para a Índia. Os estofados de couro o levaram para
o Nepal e o motor 1.8 V6 Flex o trasportou para a Europa.
As rodas e pneus foram no golpe de misericórdia. Resolveu
dar uma andada e fez o Caminho de Santiago. Ai, misericórdia.
Dez meses transformaram um carrão em algo que você compra
e mais rico fica. Não estou falando de ações. PGBL. Estou
falando de viagens. De experiências, histórias, sabedoria,
vivência. Certamente um carro novo não lhe dá isto tudo.
          

Desculpas