Cueca nova. Branca. Amarelo é grana.
Azul bebê é serenidade. Comer tender. Comer
sementes. Comer bem. Guardar grãoss na
carteira. Pular sete ondas. No raso. Mergulhar.
Abraçar. Beijar na boca. Celebrar com champagne.
Sidra nem pensar. Encher a cara. Com champagne,
sidra nem pensar. Considerar pra caramba.
Soltar fogos. Assistir fogos. Qualquer que seja
a superstição, o costume, tudo é válido. Tudo pode.
Mas desejar sucesso financeiro? Carro novo?
Comer altas gatas? Conhecer um partidão?
Ser egoísta assim? É piegas desejar a paz mundial?
E erradicar a fome no mundo? Muito infantil?
Temos de parar um pouco de olhar e ter em mente
apenas nossos umbigos e pensar um pouco maior.
Óbvio que desejei minha cura. Mas mais do que
isso, desejei a cura da doença em geral. Desejei
que crianças não sofram com isso, desejei que
crianças não sofram e ponto. Desejei que o
Gianechinni não sofra. Que o Lula fique bem.
Não, não votei nele e não gosto de piadinhas
com esta doença como tema. Neste ano novo,
desejo menos egoísmo, mais generosidade
e consideração para com os outros. Sonho meu?
Acho que não, estou de roupa nova, branca,
cruzando os dedos, comendo sementes enquanto
vejo os fogos pulando sete ondinhas.
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