quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um sonho, uma briga


Sonho meu. Geralmente, não lembro. Você lembra de sonho
seu? Mas desta vez acordei e lembrei-me deste que posto-me
a contar-lhes. Estava com meu irmão Arnaldo em uma loja
cheia de alambrados vendo uma super miniatura de moto
para minha não intensionada mas grande coleção. Esta era
do tamanho de uma cabeça de fósforo. E aí a bagunça
começou. Alguns bullies grandes queriam bater em outro
cara grande mas visivelmente apavorado e sozinho.
Um alambrado os separava. Daqui a pouco o rapaz grande
e apavorado estava a uns trinta metros de mim. Em direção
a saída e três destes folgadões tiravam satisfação. O mancebo
grande só queria chispar dali, diante da eminente surra
covarde que tomaria. Apenas alguns moleques compunham
a "turma do deixa disso". Adultos não se metiam, arrisco-me
a dizer que até estavam excitados. Alguns ávidos por sangue.
Saí imediatamente da minha zona de conforto e rapidamente
saí correndo em direção a chacina que lá ocorreria em poucos
momentos. Alçado a único integrante da delegação dos "brigar
para quê" interrompi a contenda com argumentos do tipo
brigar para quê. Expliquei a todos grandalhões minha doença,
que fui obrigado pela situação a aprender a dar valor ao que
realmente importa e que brigar (qualquer tipo de discussão)
é aplicar energia boa em algo pequeno, desnecessário e inútil.
Acabou a briga. Acabou o sonho. Acordei satisfeito. Não por
ter lembrado de algo que nunca lembro, não por ter corrido
ou andado com total autonomia (sonho meu) mas por ter
feito o que achei que tinha que ser feito. Por fazer o certo.
Por dar sem pedir ou receber nada em troca. Por disseminar
minha crença. Por estar melhor e saber que sou uma pessoa
melhor. Acordei satisfeito e feliz por algo grande, necessário
e extremamente útil.
     

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