domingo, 2 de outubro de 2011

Matetática


Era sentar diante do computador e o meu cérebro, hospedeiro
de inquilinos não desejáveis já ficava ávido por ensaiar uma mágica.
Juntar letrinhas em algo atraente, consoantes e vogais que sozinhas
são solitárias, juntas tem o poder de fazer um estardalhaço. Pelo
menos aqui dentro. E agora o síndico aqui fica mais inibido,
achando que tudo que tinha de comunicar já foi feito. Setecentos e
quarenta e dois textos falando sobre esta doença punk. Quinhentos
e setenta e sete textos sobre valores e princípios. Quatrocentos e um,
um pout-porri sobre a doença e valores. Cento e oitenta sobre
o porquê não escrever mais. Este seria o momento do final feliz mas
na vida dura e real, não é assim que funciona. No news is good news.
A doença está controlada (espero eu), mas os efeitos continuam aqui,
firmes e fortes. O catar milhos é que não me parece mais tão firme.
Mas é sobre o que sei escrever. É sobre o que aprendi a escrever.
E principalmente, é sobre o que quero escrever. E como escrevendo
chego a conclusões, este não seria diferente. Se me faz bem, 
continuarei. Setecentos e quarenta e dois se tornarão mil, 
quatrocentos e oitenta e quatro textos sobre esta doença punk 
e assim por diante. Amén?