domingo, 24 de julho de 2011

PopCorn


Estava vendo um filme. Tirando um curta-metragem experimental
feito com copinhos descartáveis em Botswana, o resto eu vi todos.
Mais que natural eu ver mais de uma vez, um pedaço, o filme todo.
As vezes precisa de alguns minutos para o click "Já vi". Pois bem,
estava vendo um filme. Sim, já tinha o visto. Com o Ashton Kutcher
e Amanda Peet, uma comédiazinha romântica. Vi novamente.
Eu e meu irmão, que também já tinha o visto. E algo me ocorreu.
Não me lembro do final de muitíssimos filmes. Me lembro
de situações. Não é o fim que justifica os meios. Não é o destino final
da viagem. É o meio que justifica os meios. É a viagem em si e não
o destino final. É a Sally fingindo um orgasmo no Kat's em Nova
York. Não lembro o fim de When Harry met Sally, mas fui na Deli
e ri. Lembro também do Harry cuspindo pela janela do carro
uns caroços de melancia. E a janela fechada. E tal memória já 
me traz outro de eu no meio dos Estados Unidos comendo 
um pedaço de torta destes que você só vê em filme, em um 
restaurantinho de beira de estrada que você também só vê 
em filme. Não lembro o nome de tal cidadezinha. 
Mas esta memória já me remete a outra de eu e Tati
e Mustang comendo em uma cidade de nome Jupiter, 
no meio da Florida. Não é o destino final, é a viagem. 
São algumas cenas do filme. Drama, comédia, thriller, terror, 
romance, suspense enfim, tanto faz o final. 
O que importa é ver, vivenciar muitos começos. E meios.
     

2 comentários:

SIMONE SHITRIT disse...

Fiquei pensando no assunto... difícil...

Depois do tsunami...vem a calmaria....ou os estragos para reparar. Como começou...ninguém lembra direito. O que restou... o fim....

Eu me ligo no fim...mas raramente me lembro do começo.

Eu acho que sou mias enxadrista que vc. Você joga xadrez? Estratégias...visam um fim.

E o fim? Justifica os meios? Filosofal.

Harry Potzer terminou. O importante foi o fim. Me livrei de ter que levar o meu rebento no cinema, e ter que aguentar mais um filme dele com 2 horas de pura chatice infantil... neste caso, o fim foi mais importante para mim. Fim significa estar livre!!!!

Então, acho que em algumas situações - o fim é onde se pretende chegar e o meio - o meio é o deleite ou o desespero - depende.

O começo - difícil - em qualquer situação...
Será??
Um começo de uma nova paixão, de um novo amor é sempre fácil. Duro é manter duro, depois de anos comendo a mesma coisa... neste caso - o começo é fácil...

O tsunami da sua vida chegou depressa, derrubou muita coisa no caminho...neste caso - duro o começo, o meio e o fim? Será deleite, ou desespero...depende do resultado do exame final...

Aguardamos para ver como se desenrrolará esta trama da vida...

Ol'Jones disse...

Este comentário se não complementa
o que escrevi, é melhor do que escrevi...
Obrigado.