quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bartô


Estou com o Bartolomeu na cabeça. Não, não é um devaneio
homossexual. Só não quero chamar o que tenho de tumor ou câncer.
Bartolomeu. Estou tratando de matar o Barta. Sem dor na conciência.
E em um momento revolto onde eu estava revoltado procurei algum
tipo de arrimo, de casos tão ou mais graves para me mostrar que eu
não era o único azarado, tão jovem e tão bom para ter um troço
destes. Encontrei uma moça na flor de seus vinte e seis anos com
um Bartolomeu nos ossos. Lembrei do Leandro, jovem cantor
de sucesso com seu irmão e que em três meses foi dizimado
por um Bartô voraz. Estes casos não me trouxeram paz,
tranquilidade de espírito, alívio. Me trouxeram tristeza.
Assim como não entendo as guerras, homicídios, latrocínios,
rompantes de raiva de extremistas, não entendo pessoas do bem
passando por uma enfermidade destas. Na verdade, do bem ou não,
tanto faz, doenças assim não tem razão. E eis que aparece mais
um caso. Foi dignosticado um Bart no Reynaldo Gianecchini. Jovem,
bem-sucedido e boa-pinta, exemplar perfeito do que eu procurava
para aplacar minha dor. Não aplacou. Me entristeceu ainda mais.
Não porquê eu ache o Gianecchini lindo (embora eu ache ele lindo),
mas porquê Bartolomeus não deveriam aparecer em ninguém.
Bartolomeus simplesmente não deveriam existir. Assim como guerras
e tudo mais. E se você se chama Bartolomeu, desculpa...
     

2 comentários:

Carol De Luizi disse...

É...Bartolomeu vem sem aviso, não diz porque vem e muito menos como fazemos para manda-lo embora! E o pior, escolhe qualquer um de nós!
Tenha certeza que isso não entristece só a você, entristece a todos!
Forçaaaaa!!! e um fim de semana com muita esperança no coração!
Bjss

only 2 wheels disse...

Morte aos Bartôs....