sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Babywatch

Curso de Rescue Diver, alguma praia de Parati, idos de 1993.
Sob um sol escaldante ouço o grito: - Número dois, com…
Corro 100 metros em direção ao mar, onde o equipamento
se encontra (o “com” do grito). Coloco o cinto de lastro,
colete flutuador e cilindro. A máscara e as nadadeiras colocarei
logo após vencer mais 100 metros correndo e entrar na água.
Mais 100 metros, desta vez nadando com o equipamento me
separam da vítima, um salva-vidas ator que começa a agir
com violência e desespero na iminência do afogamento.
Controlo o ator merecedor do Oscar devido ao seu empenho
em me afogar e trago-o para a areia. Deixo o equipamento
e só daí o instrutor para o cronômetro. Mal volto para o lugar
inicial, procurando por ar, e ouço o grito: - Número dois, com…
Outra peripécia que os bombeiros do Rio inventaram
foi subir 40 metros apenas com o ar dos pulmões.
Ou ficar fazendo ressussitação cardio pulmonar
em um boneco no meio do mar por mais de 50 minutos.
Este curso e a Pamela Anderson vestindo um cavado maiô
vermelho, correndo deliciosamente pelas areias de Malibu
me fizeram admirar esta profissão. Tinha o desejo de sair
da publicidade, ir morar na praia e virar um destes intrépidos
heróis. As praias brasileiras ainda vão ter que esperar
um pouco por este arremedo de David Hasselhoff.
Turistas: Vocês ainda podem respirar aliviados.

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