terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em Pratos Limpos

Antes de mais nada, o Carlos Ábila gosta das minhas elocubrações,
Ele deixou um comentário. Sou modesto, se só ele ler, tudo bem.
Se você também se aventurar, melhor ainda. Às vezes penso se não
estou me tornando repetitivo, se não deveria escrever sobre outros
assuntos, mas esta doença é o que literalmente tem me consumido.
Então aguenta, intrépido Carlos.
Entre o diagnóstico, sintomas e tratamento foi tudo muito rápido.
Simplesmente fui tragado para dentro disto tudo. Agora me pego
aqui pensando. Acabei os 6 meses mais efetivos do tratamento
mais efetivo da quimioterapia. Saí sim da curva descendente,
recuperei alguma força, comecei a ascender e a ficar mais animado.
Mas, sempre o mas; estou longe de estar curado, efeitos não
desaparecem e o cansaço, por mais que eu descanse, é permanente.
Então compartilho com você (Carlos) ou vocês (Carlos e outros
lunáticos) a dúvida e a pergunta que farei ao medico semana
que vem: E agora, doutor?
Não existe verdade absoluta. Existe a incerteza, o achismo.
É esta incerteza que está me matando (desculpa, não resisti):
E agora?

Um comentário:

Tchicum disse...

Como disse mais cedo, durante mais uma das estafantes sessões de fisio (haha), estava devendo-lhe visitas mais frequentes à este blog.

E repito o que lhe disse hoje pela manhã...os achismos e incertezas podem não te dar a segurança definitiva, mas ao mesmo tempo não eliminam a chance de trazer melhoras!

Pode ser que o período mais efetivo já tenha passado, pode ser que não...incertezas, incertezas...

mas dentre esse turbilhão todo de dúvidas, uma coisa é certa - a autonomia vêm aumentando cada vez mais! E sem fé (já aproveitando pra comentar a postagem mais recente) você não teria chegado até aqui.

um passo de cada vez, meu amigo... a gente chega lá!