Não vou ser hipócrita. Preferia ser o ser que tanto abomino,
com sérias falhas de caráter mas são, a ser eu, bastião da
moral e bons costumes, macho e dodói. Não coube a mim
escolher. Então vamos malhar. E o desvio de comportamento
de hoje é o “Quase”. Não sei se foi a educação, o temor
do mundo violento, os altos muros dos condomínios
que produziram este rascunho mal-acabado de homem.
Sim, o “Quase” é o covarde, a menina moça, o garotinho.
Você o conhece. Pode ser lutador de jiu-jitsu, tatuado,
pode até ter uma motocicleta Harley-Davidson. Nada
adianta. O “Quase” é o cara que quase se posicionou.
Quase deu sua opinião, quase fez o que deveria ser feito,
quase disse a verdade, quase agiu corretamente, quase
foi homem, quase viajou, quase foi amigo, quase lutou,
quase… Sem dúvida você teve momentos quase.
Eu também. Então o que nos diferencia do “Quase”?
O medroso em questão usa o quase como modus-operandi.
Fez disto a regra, não a exceção. É e sempre será um fraco.
Nem percebe mais que é assim. Triste, não?
Eu quase não escrevia este texto. E você quase não lia.
3 comentários:
Muito legal o texto...
e não é que eu quase não li?
passei por ele antes e só via agora! rsrs
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