domingo, 13 de fevereiro de 2011

Trilogia II: Quimera Etílica


Não sei se a metáfora é fraca. Digna de nosso ex, Lula. Achou que
eu fosse entregar algum segredo sórdido seu, hein. Metáfora barata,
de botequim literalmente, mas foi o que surgiu. Sou uma caipirinha
de Lichia. Explico. Lembra quando surgiu esta pequena fruta?
Meio estranha, mas todos queriam experimentar. Me senti um pouco
assim. No começo o que veio de gente. Amigos, “amigos”,
curiosos, conhecidos, todos no hospital em um misto de dor,
choque, curiosidade, pena. Não sei o que cada um pensou,
não sei se eles acharam que seria mais simples. Eu achei que seria
mais simples. Sei que passados 10 meses a frequência rareou.
Graças a Deus, às vezes me sentia a mulher barbada do circo
(outra translação medíocre?). Talvez, como a tal caipirinha
de Lichia, as pessoas descobriram o gosto residual de peixe.
E todos voltaram para seus antigos hábitos. Se continuar
a metáfora etílica, diria que a cerveja, o chopp e a caipirinha
tradicional voltaram. Mas não esqueçamos dos poucos e bons.
Masoquistas ou não, eles não abandonam esta frutinha em questão.

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