quinta-feira, 10 de março de 2011

A Hora do BBB


Lembro que chorei copiosamente. Tudo contribuiu.
Consultório classudo, médico sisudo, a palavra
oncologia na fachada e a palavra câncer mencionada.
O choro do meu irmão e tio contribuíram para a
abundância de lágrimas. Situação extremamente extrema.
Consegue imaginar o chororô? Pois é, mas nem chega
perto do Big Brother. Ver televisão me inspira. E eu
fico estarrecido. Indivíduos que nunca se viram, choram
e se abraçam como se fossem irmãos siamêses indo para
a forca. Indivíduos não carecas de saber porque a Globo
nunca contrataria calvos, nem cansados de saber, afinal tais
modelitos precisam estar no auge do seu vigor. Indivíduos
que apenas sabem se tratar de um jogo e que fariam coisas
que Deus duvida por um milhão de reais. Ahn? Agora é
um milhão e meio? Indivíduos que fariam coisas que Deus
duvida e meio. Basta Pedro Bial estalar os dedos. E haja
choro. Não acredito no que vejo. Não sou frio. Nem sei
se este é um bom texto. Mas tais bonitinhos chorando
copiosamente por algo tão insignificante é um pouco
demais. E acabo de ouvir de uma gostosa para outra
quando uma terceira faceira foi eliminada:
“Você vai ter que ser forte”. Ah não. O mundo está
perdido. George Orwell se vivo, choraria.

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